Ana Canella foi filha de José Canella Filho, pintor e desenhista contratado pela Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio, atuante no Departamento de Zoologia do Estado de São Paulo, com trabalho estimado pela direção do Museu Paulista. A artista enfrentou dificuldades financeiras com a morte do pai, em 1942, expressas nas cartas trocadas com Taunay e João Alberto José Robbe (na época assistente da seção de história nacional do Museu Paulista), entre 1943 e 1945, localizadas no Fundo Museu Paulista. A princípio, Ana aventou ocupar um cargo público similar ao do pai, como desenhista, mas sem sucesso. Taunay pretendeu ajudar a família, contratando os serviços da artista em desenvolvimento. No ano de 1943 ele envia referência para pintura a ser executada por ela contudo, mostra-se bastante decepcionado com o resultado da maioria das obra. O diretor chega a considerá-la para o cargo de desenhista-conservadora, o que não veio a ocorrer.